terça-feira, 28 de julho de 2009

Lixão em São Vicente Férrer contamina riacho que passa pela zona rural



São Vicente Férrer, tem 17 mil habitantes e é conhecido como "Terra da Banana". É da zona rural que vem a maior riqueza do município, mas é lá também que é jogado todo o lixo da cidade e também do município vizinho, Macaparana.



O lixão tem o tamanho de um campo de futebol. Não existe nenhum controle ambiental e até lixo hospitalar é levado para o local.



Dos cerca de 20 catadores que trabalham no local, alguns têm histórias de ferimentos com resíduos vindos de hospitais. "Meu genro, ele furou o pé com uma agulha de injeção", diz Maria Auxiliadora da Silva.



Mesmo com o risco, os catadores se dizem se opções de renda e continuam no local. "Aqui é onde eu arrumo o dinheiro para sustentar os meus filhos. Não tem emprego, é melhor estar aqui do que estar na rua aprontando", afirma José Francisco Filho dos Santos, 20 anos.



Os trabalhadores se arriscam e a natureza sofre com o impacto ambiental. O lixão é cercado por plantações de bananeira e é próximo do riacho Mulungu. O chorume que vem do lixo escorre 50 metros e vai para o pequeno rio usado pelos agricultores.



Quinze famílias moram ao lado do lixão. Eles e os catadores de lixo se conformam. "Chorar eu não choro não. A gente tem que ficar satisfeito com tudo que a gente faz, se o cara for chorar é pior, a gente tem que enfrentar, enfrentar o problema. o senhor acha que sua vida vai melhorar? (Risos) Eu acho que nunca, tem que confiar em Deus", diz o catador Arnaldo Gomes de Araújo, 65 anos.

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