Famílias ainda aguardam casas em Vitória de Santo Antão
Há quatro anos e 31 dias, 1.839 famílias aguardam, pacientemente, para voltar a ter um canto próprio. Um lugar onde possam retomar a vida e criar os filhos com um mínimo de dignidade. Essa é a realidade dos desabrigados das enchentes de 2005, uma das maiores tragédias provocadas pelas chuvas em Pernambuco. As quase 2 mil famílias são apenas a parcela mais necessitada das vítimas, residentes nas cidades de Jaboatão dos Guararapes e Moreno, na Região Metropolitana do Recife, e Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata. Isso porque, na época, as águas destruíram os sonhos de 31 mil pessoas no Estado, provocando 29 mortes e levando 23 municípios a decretarem situação de emergência.
Na longa espera, a miséria, o desemprego e a violência predominam. Quem não recebe pelo menos o auxílio-moradia, cujos valores variam de R$ 60 a R$ 100, vive “amontoado”, como eles definem, na casa de parentes. Seis meses atrás, famílias inteiras ainda permaneciam instaladas em abrigos disponibilizados pelos municípios, geralmente galpões improvisados, sem qualquer tipo de infraestrutura. Das três cidades mais atingidas pelas enchentes em 2005, a situação mais crítica é a de Jaboatão. O município teve 10 mil desabrigados, mas apenas 1.055 famílias vão ter direito a receber novas casas do poder público.
Nenhum comentário:
Postar um comentário