Uma operação especial da Secretaria de Defesa Social (SDS) prendeu, durante o dia de ontem, integrantes de uma quadrilha da qual faziam parte um policial civil e dois policiais militares - sendo um capitão lotado no Centro de Reeducação da PM e um soldado. Além deles, a quadrilha conta com a participação de um ex-policial militar, que, até o fechamento desta edição ainda era procurado. Na ação, batizada de Contragolpe, foram capturados 12 integrantes do grupo, que é acusado de fraude em financiamentos para aquisição de veículos automotivos, tráfico de drogas, roubo e extorsão. As diligências se estenderam ao longo do dia de ontem e a Secretaria de Defesa Social irá apresentar a quadrilha hoje, às 9h, na sede da Polícia Civil, momento em que serão divulgados os nomes dos presos.
A operação, coordenada pelo gestor do Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri), Antônio Barros, mobilizou cerca de 180 policiais, sendo 15 da Companhia Independente de Operações Especiais (Cioe) e da Companhia Independente de Policiamento Ambiental (Cipoma) e 165 de diversas delegacias subordinadas ao DGOPS. Para executar a operação, foram expedidos 15 mandados de busca e apreensão e 15 de prisão, sendo que 12 deles foram cumpridos até o fim da tarde. Os acusados foram levados à sede do Grupo de Operações Especiais (GOE). O secretário executivo da SDS, Cláudio Lima, afirmou que “A Contragolpe é uma ação do Pacto Pela Vida, resultado de um trabalho integrado das polícias Civil e Militar. Os mentores, um corretor de automóveis e um policial, já foram presos”, comentou.
Durante a operação, foram apreendidos três revólveres calibre 38 com munições, quatro carros, quatro motos, documentos utilizados na prática dos crimes, além de drogas. A investigação em torno da quadrilha começou no dia 6 de março de 2008, quando a polícia recebeu uma denúncia de um comerciante que produz cópias de documentos e livros em uma copiadora localizada próximo ao Hospital Universitário Oswaldo Cruz. No dia, o estabelecimento foi invadido por três homens que se apresentaram como policiais e acusaram o dono do local de crime contra propriedade intelectual. Para não denunciá-lo, cobraram a quantia de R$ 20 mil. Houve uma negociação entre os dono e os homens e foi acertado o valor de R$ 4 mil para que eles fossem embora sem prendê-los. As investigações mostraram que, depois do primeiro golpe, o grupo realizou uma série de outros crimes no Recife e Região Metropolitana. No decorrer do caso, foi descoberta a participação dos policiais, que assim que foram identificados, levaram a nomes de outros integrantes da quadrilha e as prisões.
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
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