O inquérito que investiga o assassinato do vice-presidente estadual do PT, Manoel Mattos, ocorrido no dia 24 de janeiro, foi concluído pela Polícia Civil da Paraíba, responsável pelo caso. O relatório, que aponta o indiciamento de cinco envolvidos e foi conduzido pelo delegado Walter Brandão, será entregue hoje ao Ministério Público da Paraíba.
Já foram presos o sargento reformado da Polícia Militar da Paraíba, Flávio Inácio Pereira, acusado de ser o mandante do crime; o caseiro José da Silva Martins, o “Zé Parafina”, possível autor dos disparos; e os irmãos José Nilson Borges (entregador), suspeito de ser o dono da arma do crime, e Cláudio Roberto Borges (funcionário público), que teria planejado o assassinato. Todos tiveram prisão preventiva decretada e aguardarão pelo julgamento detidos. O quinto suspeito ainda está foragido e sendo procurado pela polícia.
Manoel Mattos foi assassinado numa praia em Pitimbu, no litoral paraibano. Ele foi testemunha de duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs), onde denunciou a ação de grupos de extermínio no Nordeste, entre 2000 e 2005. Como conseqüência, sofreu diversas ameaças e oito atentados. Por duas vezes, recebeu escolta da Polícia Federal (PF), que teria sido suspensa devido a desobediências de Mattos quanto às ordens de segurança.
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