sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Compesa negocia débitos até dia 31



A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) vai finalizar, até o fim do mês, o estudo tarifário para que a Agência de Regulação de Pernambuco (Arpe) defina de quanto será o reajuste anual. Apesar de o percentual ainda não estar definido, é certo que a conta de água vai ficar mais cara. Para tentar amenizar a alta, o órgão está promovendo várias ações, com o intuito de diminuir a inadimplência, um dos fatores que interfere no valor da tarifa. Uma delas é a prorrogação, para o próximo dia 31, da campanha para que os inadimplentes entre junho de 1999 e dezembro de 2008 paguem seus débitos com 40% de desconto à vista.



De acordo com o diretor Comercial da Compesa, Décio Padilha, os quatro grupos que fazem parte dos custos operacionais demonstram influência positiva. A energia subiu 11%. Na parte de pessoal, houve contratação de cerca de 1,3 mil funcionários. Os produtos químicos tiveram alta, ainda sem percentual definido. E o serviço de terceiros sofreu reajuste no contratos. Porém ainda não está definido se o reajuste será maior do que o do ano passado, de 7,31%, em vigor em outubro de 2008. “A alta da tarifa é inevitável, os quatro grupos foram muito afetados. E a inadimplência é outro fator que faz a tarifa aumentar, por isso também temos que combatê-la”, afirmou.



Os clientes devedores entre junho de 1999 e dezembro de 2008 ganharam um prazo maior. Antes era até o próximo dia 22 e agora até o dia 31, para os clientes negociarem o débito com 40% de desconto à vista. “Esta é a última chance porque não vai haver nova prorrogação”.



Do início da campanha em 18 de maio até agora, dos 21 mil consumidores inadimplentes dentro do perfil da campanha, 10.830 regularizaram a situação, gerando arrecadação de R$ 6,5 milhões. Os 10.170 devedores que restam negociar as dívidas somam um saldo devedor de R$ 6,3 milhões. Para se regularizar, o cliente deve ir a qualquer posto da Compesa. Caso não negocie o débito, o cliente terá a água cortada, o nome negativado e, por último, a execução judicial.



Décio Padilha, no entanto, comemora os resultados obtidos em julho, quando a adimplência foi de 91,6%, contra uma média de 86% entre janeiro e junho. “A campanha de negociação das dívidas teve influência positiva e só não foi maior porque o pagamento tem que ser feito à vista”.

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