Foi assinada ontem a ordem de serviço que possibilita o início das obras para a construção da fábrica da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) em Goiana. O primeiro bloco a sair do papel, no valor de R$ 40 milhões, é referente à câmara fria, ambiente que armazenará 1 milhão de bolsas de plasma sanguíneo. Os serviços já empregam cerca de 150 operários e devem ser concluídos em um ano. Com o andamento das obras, a expectativa é de que mil pessoas estejam trabalhando no início de 2010.
“Todo o plasma brasileiro será trazido para Pernambuco. A temperatura da câmara fria é de 35 graus negativos, o ser humano só pode ficar de três a quatro minutos. Por isso, o trabalho será totalmente robotizado, o que assegura a qualidade dos produtos”, explicou o presidente da Hemobrás, João Paulo Baccara. Do valor total referente ao bloco, R$ 30 milhões são referentes às obras e R$ 10 milhões aos equipamentos instalados. Só os dois robôs custam R$ 8,2 milhões. A construção está por conta do Consórcio Tep/Squadro.
Segundo Baccara, apesar do corte de R$ 20 milhões no orçamento da Hemobrás este ano, todo o cronograma está mantido, pois a construção da fábrica - um investimento de R$ 250 milhões - faz parte das prioridades da pasta referente à Saúde no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A conclusão de todo o complexo deve acontecer no fim de 2010. A nova previsão para a contratação de concursados é maio, quando 40 dos 85 aprovados devem ser chamados para capacitação na França, detentor da tecnologia utilizada.
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