
Os consumidores da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) podem ficar mais aliviados. O reajuste na conta de água não deve ultrapassar os 10%. A afirmativa foi dada ontem pelo presidente da Agência de Regulação de Pernambuco (Arpe), Ranílson Ramos, durante uma audiência pública organizada pela Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa.
“Mesmo que a Arpe conclua a necessidade de um reajuste com dois dígitos, o ambiente econômico vivido em Pernambuco, e no Brasil, não comporta o aumento. Os dados apresentados pela Compesa ainda estão sendo analisados, mas, certamente, o reajuste não será de dois dígitos”, afirmou Ramos. Em 2008, o reajuste nas contas de água foi de 7,31%.
Segundo Ramos, o órgão solicitou a Companhia alguns esclarecimentos sobre os valores dos custos operacionais apresentados. “Em alguns pontos houve uma variação acima de 20% nos gastos, entre o estudo do ano passado e o deste ano. Por isso nós solicitamos explicações”, disse. De acordo com o Diretor Comercial e de Atendimento da Compesa, Décio Padilha, os esclarecimentos solicitados devem ser entregues para Arpe até amanhã.
Segundo estudo tarifário elaborado pela Compesa, a insuficiência tarifária, ou seja, o déficit tarifário estimado, entre junho deste ano e maio de 2010, chega a 14,21%. No estudo, a Compesa ainda projetou dois cenários. Na primeira opção, a tarifa cobrada para os consumidores contemplados com a tarifa social (aqueles que pagam R$ 17,12 por água e esgoto) não sofreria reajuste, o que faria com que as demais contas fossem reajustadas em 14,99%. O segundo cenário não reajusta a tarifa social e ainda isenta esses consumidores da cobrança de esgoto. Neste caso, o aumento seria de 15,33%. Hoje, a Companhia possui 1,518 milhão de clientes, dos quais 288 mil são considerados como tarifa social.
Antes de anunciar o percentual do reajuste, a Arpe ainda irá realizar uma audiência pública, prevista para o dia 14 de outubro. A previsão é de que o reajuste seja homologado até o dia 16 de outubro, passando a vigorar nas contas de novembro.
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