Sindicato em PE já decidiu pela greve. Comando Nacional espera acordo até hoje
Devido à falta de avanços nas negociações salariais entre o Sindicato dos Bancários do Brasil e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), o presidente do sindicato em Pernambuco, Marlos Guedes, anunciou que, a partir de amanhã, os bancários entram em greve por tempo indeterminado. Apesar disso, o Comando Nacional dos Bancários espera até o início da noite de hoje por uma nova proposta da Fenaban, para só então deflagrar a greve em todo País.
Na última rodada de negociação, no dia 17 deste mês, a Fenaban ofereceu reposição de inflação de 4,5%, contra os 10% pedidos pela categoria, e também o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados em duas vezes. A partir das 19h de hoje, haverá uma assembleia na sede do sindicato, na avenida Manoel Borba, no bairro da Boa Vista, para deliberar sobre os próximos passos da greve, orientada pelo Comando Nacional.
A negativa para cláusulas de benefícios também foi causadora da paralisação. “Além de negar o reajuste salarial, a Fenaban negou a contratação da remuneração total, o auxílio-educação, e outras. Já que eles exigem especialização, deveriam financiar o custo de graduações e pós-graduação. Também temos exigências que favorecem a sociedade, como a redução dos juros”, falou Marlos Guedes. Para ele, a valorização do piso salarial também não é atendida. “Segundo o Dieese, o salário mínimo deveria ser de R$ 2.047 mil, mas a Fenaban não apresentou nenhuma proposta”.
A partir de segunda-feira, ainda segundo Marlos, o quadro da greve já deve estar avançado, e novas formas de campanhas devem começar a ser organizadas para mobilizar a população. “Na quinta (amanhã) e na sexta-feira, nós vamos garantir o máximo possível de paralisação. Já na próxima semana, nós devemos iniciar campanhas mais externas, como passeatas”, falou.
Em relação aos clientes, a presidente da Associação de Defesa da Cidadania e do Consumidor (Adecon), Rosana Grinberg, disse que eles não devem se preocupar. “Se o cliente tiver condições de pagar as contas, seja por débito em conta ou internet, é aconselhável que pague. Já as pessoas que não tiverem condições alguma de efetuar o pagamento, não podem ser lesadas. Essa é uma situação de risco para as empresas, e não para os clientes. Eles não podem ser submetidos a ônus como, por exemplo, juros e acréscimo de encargos”, afirmou.
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
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