A federalização das investigações do assassinato do advogado Manoel Mattos, morto no dia 24 de janeiro, em uma praia na Paraíba, foi comemorada, ontem, pela deputada Teresa Leitão (PT). No início do mês, o crime passou a ser investigado pela Polícia Federal, fruto, segundo Teresa, do pedido de várias instituições estaduais vinculadas à defesa dos direitos humanos.
“Sabemos que nos âmbitos de Pernambuco e da Paraíba foi feito tudo o que era possível. Vários deputados da Alepe se deslocaram até a Paraíba para conversar com o então governador Cássio Cunha Lima, e estivemos, também, com o governador Eduardo Campos. Desde o início, os gestores não mediram esforços para que o crime fosse investigado”, afirmou a petista, ressaltando, entretanto, a existência de interesses consolidados dos grupos de extermínio que atuam no Nordeste, a fim de impedir os trabalhos.
“A investigação precisa atingir não só os assassinos, mas os mandantes do crime. Registro a satisfação pelo acolhimento do pedido feito à Procuradoria Geral da União. Desejamos que as ideias, os compromissos e a vida de Manoel Mattos, dedicada à causa dos direitos humanos, possam ser recompensados com a investigação do crime que o vitimou e, sobretudo, com a punição dos culpados. Só assim a região entre Pedras de Fogo, na Paraíba, e Itambé, em Pernambuco, poderá respirar aliviada a cidadania”, ressaltou, acrescentando que a mesma opinião têm a deputada Terezinha Nunes (PSDB) e o deputado Luciano Moura (PCdoB).
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