Para solucionar o caso da execução do advogado pernambucano e defensor dos direitos humanos Manoel Bezerra de Mattos Neto, 40 anos, assassinado no último sábado (24), a estratégia das Polícias Civil de Pernambuco e da Paraíba, da Polícia Federal e do Ministério Público paraibano é o trabalho de forma integrada. Ontem terça-feira (27), representantes de todas as entidades se reunirão para discutir a participação de cada uma no caso. Mattos era vice-presidente do PT de Pernambuco e ex-vereador de Itambé, na Mata Norte pernambucana, onde morava com a família. O advogado já havia realizado várias denúncias contra o crime organizado e a ação de grupos de extermínio na divisa de Pernambuco e Paraíba.
O delegado especial Walter Brandão, da Delegacia de Repressão ao Entorpecente, foi designado para investigar o crime pela secretaria de Defesa Social e Segurança Pública da Paraíba. Na última segunda-feira (26), ele esteve no local do homicídio, na Praia de Acaú, no município paraibano de Pitimbu. Também vão auxiliar nas investigações dois delegados da Polícia Federal e o setor de inteligência do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa de Pernambuco (DHPP).
O deputado federal Raul Jungmann (PPS-PE), presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara Federal, informou que pretende formar uma subcomissão para acompanhar o caso. O Ministério Público da Paraíba também está acompanhando o caso. A OAB-PE e o Movimento Nacional de Direitos Humanos defendem que o inquérito da morte de Manoel Mattos seja presidido por um delegado da Polícia federal.
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