quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Prefeito assume sob risco

O prefeito reeleito de Bom Jardim, João Francisco de Lira (PPS), assume o segundo mandato, amanhã, sob risco de cassação. O DEM entrou, dia 18 de dezembro, com uma ação na Justiça Eleitoral, pedindo a anulação da diplomação de Lira e seu vice Orlando Pereira Barbosa (PT). No processo constam declarações por escrito de 13 pessoas confirmando terem sido abordadas por Lira, ou pessoas ligadas a ele, propondo vantagens em troca de seus votos. Algumas teriam sido concluídas, outras ficaram apenas na promessa. O caso será julgado pelo Tribunal Regional Eleitoral.

O processo conteria também um DVD com gravações feitas no dia 27de setembro, onde o próprio prefeito negociaria o apoio de eleitores. “A simples oferta de favores em troca dos votos já caracteriza crime eleitoral, tenha o favorecimento sido efetuado ou não”, afirma o advogado do DEM, Bruno Sampaio. “Recebi muitas ligações de eleitores confusos e tenho esclarecido para eles que ele teve mais de 50% dos votos e, com isso, caso ele perca o mandato, uma nova eleição terá de ser feita”, informou o deputado estadual Sebastião Rufino, segundo colocado na eleição do município.

Os advogados de João Lira afirmam que o prefeito é inocente e assumirá o cargo. Segundo Marcelo Gadelha, advogado da campanha de João Lira, o processo seria uma tentativa de desconstruir a imagem e trabalho do prefeito reeleito, com “provas ficcionais”.  A defesa foi apresentada anteontem. “Estamos tranqüilos de que a verdade prevalecerá no julgamento. As provas foram forjadas, e duas das testemunhas que aparecem no processo da acusação constam na nossa peça de defesa, e afirmam que nunca receberam nenhuma oferta ou dinheiro do prefeito João Lira”, revela. Procurado pela reportagem, o pós-comunista evitou comentar o assunto.

Fonte: Folha de Pernambuco

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