segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Cultura carpinense é homenageada no Recife

O Carnaval ainda nem chegou. Mas em um Estado onde a cultura popular é vivenciada a todo momento, quando se aproxima o período da festa de Momo, a criatividade, a irreverência e a tradição tomam conta das ruas do Bairro do Recife. Seguindo a tradição, a praça do Arsenal, ontem, foi invadida pela Muganda das Burrinhas. Crianças, homens e mulheres se divertiram dentro dos animais feitos de madeira, com papel machê e pelo de boi.

Quem passou pelas ruas da Guia e do Bom Jesus e pela avenida Rio Branco pôde ver a Terceira Corrida de Muganga de Burra. O evento teve como objetivo resgatar a cultura interiorana, que teve início na cidade de Carpina, na Zona da Mata Norte do Estado, de sair nas ruas dentro de uma burrinha. A brincadeira acontece há três anos na praça do Arsenal, e, segundo a organização, a cada ano aumenta o número de participantes.

Para o organizador da corrida, o produtor cultural Carlos Moura, o encontro, além de exaltar a cultura do Interior, enriquece o Carnaval de Pernambuco. “Os municípios do Interior acabam levando a manifestação para o Recife. A cultura do mamulengo é muito ligada a bonecos de mão. Estamos trazendo mais uma forma mágica de brincar Carnaval”, ressaltou Carlos Moura. “Ganha quem brinca na burra fazendo a maior muganga e não o participante que corre mais”, explicou o produtor cultural.

mestre Saúba e seu neto
Entre as burras que desfilaram, a mais curiosa foi a chamada Limousine. O criador dela, o corretor de seguros Guilherme Mota, acabou tendo a idéia de fazer uma burra para que toda a família brincasse. “Sempre trago minha esposa e meus dois filhos para a festa, mas antes eles não brincavam. Com a chegada da burra Limousine todos estão se divertindo, pois ela cabe quatro pessoas”, comentou, orgulhoso. Responsável por criar várias burras que desfilam em Pernambuco, o mestre Sauba, um dos maiores mamulengueiros do Estado, ressaltou a importância de serem realizados eventos que divulguem o folclore de Carpina. “As pessoas precisam conhecer este tipo de manifestação”, destacou o artesão.

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